| Seconci Goiás | 27 de novembro: Dia Nacional do Técnico em Segurança do Trabalho

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Mais do que um fiscal do uso dos chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o técnico de segurança do trabalho, que celebra seu dia em 27 de novembro, possui uma ampla área de atuação. A profissão está em alta e seu curso técnico está entre os dez mais procurados no País

De acordo com informações do Datasus e Dataprev, órgãos pertencentes respectivamente aos Ministérios da Saúde e Previdência, em 15 anos (entre 1998 e 2013) a taxa de mortalidade por acidentes e doenças do trabalho no País despencou de 20,2 para 6,5 ocorrências a cada 100 mil trabalhadores segurados. Grande parte dessa redução se deu, muito certamente, aos avanços alcançados nos investimentos e na legislação acerca da prevenção e promoção da segurança e saúde no trabalho. Porém, esses investimentos e as leis pouco efeito teriam se não fossem as ações de um profissional que tem, no próximo dia 27 de novembro, o seu dia de homenagens: o técnico de segurança do trabalho.

Mais do que um fiscal do uso dos chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), o técnico de segurança do trabalho possui uma ampla área de atuação e atribuições, desde a inspeção e avaliação de espaços onde são realizadas algumas atividades laborais, ao desenvolvimento de equipamentos e procedimentos que assegurem a segurança e saúde do trabalhador. A construção civil está entre os setores que mais empregam esses profissionais. Aliás, a presença e o contínuo trabalho desses técnicos no segmento tem trazido reflexos positivos: só entre 2013 e 2016 registrou-se uma redução de 50% no número de acidentes laborais, conforme Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho.

A técnica em segurança do trabalho do Seconci Goiás – Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás, Lourença Costa, possui dez anos de profissão. Natural do Pará, mas residente em Goiânia há 16 anos, ela conta que escolheu a profissão por influência da mãe, que trabalhava em uma mineradora e teve ali seu primeiro contato com os profissionais da área. “Quando minha mãe me falou desta profissão me interessei muito e comecei a pesquisar. Me apaixonei então pela área e decidi seguir a carreira, graças ao meu interesse em lidar com pessoas e ajudá-las exercer suas profissões de forma segura”, conta Lourença, que atualmente cursa o sexto período de Engenharia Civil e já planeja sua especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.

A técnica avalia que a atividade é vital para o bom desempenho do trabalho em qualquer ramo da atividade econômica. Para Lourença, o técnico em segurança do trabalho é quase um anjo da guarda dos colegas da empresa. “Nós estamos sempre orientando, ensinando e alertando para que os colaboradores, seja de qual empresa forem, tenham preservado, não só sua força de trabalho, mas suas vidas”, afirma.

No Seconci Goiás, Lourença Costa atua em duas frentes: a primeira é o atendimento ao público interno, realizando todos os procedimentos de segurança do trabalho para a equipe da entidade. A outra é o atendimento às empresas que são conveniadas à entidade, para as quais realiza, juntamente com sua equipe, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além do Treinamento Admissional para os colaboradores que estão ingressando nas organizações. “Como as empresas geralmente possuem um técnico e/ou um engenheiro de segurança do trabalho, dependendo do seu grau de risco e número de funcionários, atuamos como apoio tirando dúvidas e fornecendo orientações gerais sobre Normas e outros assuntos e procedimentos”, afirmou.

Mercado

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 96% dos acidentes de trabalho poderiam ser evitados. O dado reforça ainda mais importância desta profissão, que foi criada pela lei nº 7.410, promulgada em 27 de novembro de 1985, portanto, daí vem o motivo da escolha da data para a homenagem à categoria.

O curso de Técnico em Segurança do Trabalho, que tem duração entre um ano e meio e dois anos, está na lista dos dez mais procurados no segmento da educação técnica no País, segundo dados do Ministério da Educação. O salário médio da categoria é em torno de R$ 2.900, mas pode chegar a R$ 6.000, dependendo do Estado e do setor de atuação. Ficou curioso e gostou do que faz um técnico de segurança do trabalho? Pois então confira as atribuições dessa profissão tão importante para as outras.

 

Técnico de Segurança do Trabalho

– Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes;

– Estabelecer normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, para prevenir acidentes;

– Inspecionar os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores (equipamentos de proteção contra incêndios), para certificar-se de suas perfeitas condições de funcionamento;

– Comunicar os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras medidas de segurança;

– Investigar acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para identificar suas causas e propor as providências cabíveis;

– Manter contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra instituição, utilizando os meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento necessário aos acidentados;

– Registrar irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e elaborando estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das medidas de segurança;

– Instruir os funcionários da empresa sobre normas de segurança e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treinamentos, para que possam agir acertadamente em casos de emergência;

– Coordenar a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando instruções e orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvolver hábitos de prevenção de acidentes;

– Participar de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente.

 

(Com adaptações)