Seconci-SP alerta: tabagismo pode agravar os casos de Covid-19

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Hábito de fumar é fator de risco e piora da doença

A epidemia de tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano no mundo. Os fumantes também são mais vulneráveis à infecção pela Covid-19 e a desenvolver a forma mais grave da doença. Diante desse cenário, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita a aproximação do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) para fazer um alerta sobre os riscos do tabagismo e oferecer sua estrutura médica para os trabalhadores que quiserem abandonar o vício.

O gerente da Medicina Ambulatorial da entidade, dr. Horácio Cardoso Salles, explica que, como o tabagismo é fator de risco para infecções respiratórias, doenças vasculares, cardiovasculares e pulmonares, que são exatamente as mais relacionadas ao novo coronavírus, essa combinação pode ser trágica. “Estudos realizados na China com pacientes fumantes e não fumantes mostraram que a doença teve evolução mais grave e com maior índice de letalidade no grupo de fumantes. Alguns artigos mostraram 1,5 vez mais e outros 2,4 vezes mais. Portanto, a chance de a doença se agravar mais do que duplica, assim como os óbitos em relação aos pacientes não fumantes”.

Salles lembra uma outra característica que torna os fumantes mais vulneráveis à infecção pela Covid-19. “O ato de fumar leva ao constante contato dos dedos e, muito provavelmente dos cigarros contaminados, com os lábios, elevando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca”.

Porém os males causados pelo tabagismo vão muito além dos problemas decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Ele está classificado como uma das principais causas de morte evitável, de acordo com a OMS. “Muitas doenças estão diretamente ligadas ao hábito de fumar, como as cardiovasculares e as respiratórias, como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose e as doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como a enfisema, por exemplo. E ainda é a principal causa para diversos tipos de câncer”, descreve Salles.

O gerente da Medicina Ambulatorial do Seconci-SP destaca que há uma outra questão que nem sempre é considerada, que são os fumantes passivos. “Não existe um nível seguro de exposição passiva à fumaça do tabaco e os números são alarmantes. A cada ano, 65 mil crianças morrem no mundo de doenças atribuídas ao fumo passivo. Nos bebês, pode causar morte súbita e, nas mulheres grávidas, pode provocar baixo peso do bebê no nascimento”.

Ele reconhece que abandonar o tabagismo não é fácil e, em sua opinião, como em qualquer outro vício, o primeiro passo é ter vontade de parar. “A equipe médica do Seconci-SP está preparada para ajudar nossos usuários nessa jornada, indicando medicamentos que vão auxiliá-los, sejam por via oral ou adesivo. Em nossa equipe contamos ainda com psiquiatras, que podem ajudá-los a controlar a ansiedade e evitar a recaída”, informa dr. Salles.

O Seconci-SP também dispõe de profissionais que podem colaborar com as empresas que tenham interesse em implementar programas de combate ao tabagismo em seus escritórios e canteiros de obra. As interessadas devem entrar em contato com o setor de Relações Empresariais, pelo telefone: (11) 3664-5844 ou por e-mail: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br .

Fonte: Seconci-SP