Recuperados de Covid-19 podem doar depois de 30 dias, exceto se estiverem tomando anticoagulantes
Por Seconci-SP
Por ocasião do Dia Mundial do Doador de Sangue (14 de junho), Angela Nogueira Braga da Silva, coordenadora do setor de Serviço Social do Seconci-SP, informa que as doações podem ser feitas sem receio de se contrair Covid-19. “Os protocolos de segurança sanitária dos hemocentros foram reforçados, aliados ao maior distanciamento entre as cadeiras de coleta e à adoção de agendamento online, para evitar aglomerações.”
“Quem teve Covid-19 pode doar a partir de 30 dias depois de curado. Não pode quem, durante o tratamento da doença, teve trombose e/ou embolia pulmonar e esteja tomando anticoagulantes”, explica Angela.
“Doar sangue não engorda nem emagrece. Após a doação, o sangue tende a voltar ao normal rapidamente, não provocando fraqueza. O organismo repõe todo o volume doado nas primeiras 24 horas”, destaca.
Podem doar sangue pessoas de 16 e 69 anos de idade. Os menores de 18 precisam do consentimento dos responsáveis. Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito alguma vez antes dos 60. Deve ter peso mínimo de 50 quilos, não ter doenças infecciosas e transmissíveis, não estar grávida ou amamentando, não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva a menos de um ano, além de estar descansado, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e ter feito alimentação equilibrada no dia anterior. O intervalo entre uma doação e outra para homens é de 60 dias e, para mulheres, de 90 dias.
Doação e vacinas
A assistente social lembra que é recomendado levar a carteira de vacinação no dia da doação. Vacinas para hepatite B impedem a doação por 48 horas. Já aquela contra a gripe (Influenza) impede a doação de sangue por quatro semanas.
De acordo com o Ministério da Saúde, 1,6% da população brasileira é doadora de sangue. “Esse número atinge os parâmetros estipulados pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda que entre 1% e 3% da população de cada país seja doadora de sangue. Apesar disso, é preciso incentivar as doações. Vivemos de ciclos, há vários períodos no ano, em que os hemocentros ficam com estoques críticos. E esta fase de pandemia é outro agravante. É importante lembrar: doar sangue é compartilhar a vida!”.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, houve queda de aproximadamente 20% no número de doações. “Essa queda é decorrente, em grande parte, do medo das pessoas em se dirigir aos bancos de sangue, que geralmente ficam em estabelecimentos de saúde, como hospitais, e serem contaminadas pela Covid-19”.
Angela afirma que esse receio é infundado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou Nota Técnica reiterando que, até o momento, não há evidência de transmissão do novo coronavírus por meio de transfusão de sangue.
O sangue é essencial para atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e Talassemia, além de pacientes oncológicos que, frequentemente, necessitam de transfusão.
Informações: www.prosangue.sp.gov.br – (11) 4573-7800 ou procure o Hemocentro de sua cidade.