Quatro em cada dez adultos no país têm nível elevado de LDL, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia
Por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Colesterol (8 de agosto), a dra. Carolina Spissirits Gomes de Amorim, endocrinologista do Seconci-SP, destaca a importância de se manter o controle do colesterol, para evitar problemas cardiovasculares, que podem deixar sequelas graves e até levar à morte.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 4 em cada 10 adultos no país sofrem com o nível elevado de colesterol, 67% da população desconhecem seus níveis de colesterol e a grande maioria só realiza exames diagnósticos a partir dos 45 anos.
O diagnóstico tardio ou a falta de tratamento para abaixar os níveis da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL, o chamado “colesterol ruim”) podem desencadear futuras complicações de saúde. O acúmulo de LDL provoca o entupimento das artérias, predispondo a doenças cardiovasculares, como infarto, derrame ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Por se tratar de doença silenciosa que não apresenta sintomas, a dra. Carolina afirma ser fundamental a realização de exames periódicos. “Diante dos resultados, o médico poderá indicar o tratamento mais adequado, que pode envolver a prescrição de medicamentos. Cada paciente é único e são avaliados diversos critérios, como idade, se há outras doenças associadas como diabetes e hipertensão, se o paciente já teve algum problema cardiovascular, entre outros fatores.”
O controle passa pela adoção de medidas dietéticas. “Preparar os alimentos cozidos ou assados, evitando frituras; substituir a carne vermelha pelas brancas, como frango e peixe; evitar os alimentos embutidos, como linguiça, presunto, salame e mortadela, e os alimentos industrializados”, indica a dra. Carolina.
Medicações seguras
Um problema recorrente que a médica tem presenciado nos atendimentos é o paciente tomar a medicação para o controle do colesterol, por um período como três meses, por exemplo, e depois parar por conta própria. “As medicações para essa doença são muito seguras e apresentam poucos efeitos colaterais. Suspendê-las sem orientação médica pode trazer riscos para a saúde”, alerta.
Ela ressalta a importância de exercícios físicos. “A recomendação é fazer 150 minutos de atividade física, no mínimo três vezes por semana. Se a prática for diária, o mínimo é de 30 minutos.”
No Seconci-SP, os trabalhadores da construção das empresas contribuintes têm acesso a equipe multidisciplinar, composta por endocrinologistas, cardiologistas e nutricionista, que poderá prescrever o tratamento mais adequado para cada caso, para o colesterol não se tornar um risco à saúde.
Fonte: Seconci-SP