A atenção à saúde bucal deve fazer parte da rotina de cuidados de todas as pessoas e, em especial, daquelas que têm diabetes, alerta o dentista Antonio Luiz Bianco, do Serviço Social da Construção do Estado de São Paulo (Seconci-SP). Ele explica que a doença, ao elevar os níveis de glicose no sangue, favorece a proliferação de bactérias na região bucal e sujeita os pacientes à diminuição da produção de saliva. Causa halitose, boca seca e dor, formando um quadro que pode evoluir para úlceras bucais, infecções gengivais e cárie.
“Essas infecções podem levar à periodontite, doença que envolve a parte óssea, ligamentos dentais e gengiva, e que, em casos mais avançados, pode ocasionar a perda de um ou mais dentes no paciente diabético”, observa o dr. Bianco. “Por isso, os cuidados diários com a saúde bucal de um diabético requerem mais atenção do que por parte dos pacientes sem a doença”.
“Para realizar o tratamento odontológico, o dentista precisa estar informado sobre o controle da doença, uso de medicamentos, alimentação e taxa de glicemia do paciente diabético; em casos de possível cirurgia oral, após avaliação de exames laboratoriais, a doença tem que estar controlada para procedimentos odontológicos e haver acompanhamento médico”.
Bianco ressalta que a manutenção da higiene oral é uma das formas mais eficazes de prevenir as doenças bucais. “Técnicas adequadas ao paciente recomendadas pelo dentista, de escovação dental 3 a 4 vezes ao dia, são fundamentais. O uso de fio dental, enxaguante bucal e raspadores de língua – no caso, utilizados com cautela – ajudam a manter a higiene oral”.
A recomendação é de visitas periódicas ao dentista, a cada 4 ou 6 meses, tanto para a avaliação da saúde bucal do paciente comum, como, especialmente, do paciente diabético.
Fonte: Seconci-SP