A fisioterapia tem um papel essencial na construção civil, atuando na prevenção e reabilitação de lesões e garantindo a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Esses cuidados são ainda mais importantes, pois o setor exige esforço físico intenso, movimentos repetitivos e exposição a riscos ergonômicos, fatores que podem levar a problemas musculoesqueléticos, como dores lombares, tendinites e lesões por esforço repetitivo.
Em 2014, o Seconci-SP realizou um estudo intitulado “Morbidade dos trabalhadores da construção civil e a atuação da fisioterapia”, apresentado pela fisioterapeuta Eliana Santos Marçal da Silva durante a 5ª Jornada de Fisioterapia das Unidades Gerenciadas pelo Seconci-SP.
A pesquisa analisou 5.958 profissionais da construção civil, incluindo pedreiros, serventes e mestres de obras, além dos tratamentos realizados na unidade central de fisioterapia do Seconci-SP no mesmo ano. Os resultados revelaram que 91,1% dos tratamentos foram destinados a pessoas com diagnósticos osteomusculares e do tecido conjuntivo.
Entre as principais queixas tratadas, destacam-se:
- Tendinites em geral – 17,4% dos atendimentos
- Dores na região lombar (lombociatalgias) – 14,1%
- Fraturas ósseas – 11,1%
- Dores articulares (artroses, artrites e inflamações nas articulações) – 9,9%
Outro ponto de destaque na pesquisa foi a importância da continuidade do tratamento. O estudo mostrou que 22% das sessões registraram ausência do paciente, o que pode comprometer a eficácia da fisioterapia e prolongar o tempo de recuperação.
Fisioterapia e a saúde mental
Além da reabilitação física, a fisioterapia também pode contribuir para a saúde mental dos trabalhadores da construção civil. Segundo o fisioterapeuta Marcos Henrique Cordeiro, do Seconci-SP, esse tipo de tratamento pode ser uma opção para diversas questões ligadas ao bem-estar psicológico, impactando diretamente na qualidade de vida e na funcionalidade do indivíduo.
Entretanto, Cordeiro ressalta que o sucesso da fisioterapia depende do comprometimento do paciente. “Um bom resultado depende muito da disposição e dedicação do paciente. Ele precisa querer a fisioterapia, fazê-la corretamente e desejar melhorar. Há pacientes que, inicialmente, dizem não querer fazer, mas depois do término do tratamento pedem para continuar”, afirma.
Fisioterapia no SeconciPR
O Seconci-PR disponibiliza tratamento fisioterapêutico para os colaboradores de empresas associadas, oferecendo profissionais qualificados e estrutura adequada para garantir um atendimento de qualidade aos trabalhadores da construção civil.
Fonte: Seconci-PR